CLXV Todo o mundo é baseado em equilíbrio,
o desequilíbrio do que é criado e do que é destruído,
do que sobe e do que desce, é o que gera os Deuses e também
os Demônios. Assim que a destruição precoce, ou a
busca pela fusão com a natureza negativa, é um desequilíbrio
natural. Também o transcender a natureza humana, elevar-se
ao estado Angélico, Arcangélico e assim por diante,
é um desequilíbrio daquilo que são Leis comuns
da natureza. A Lei vez ou outra chama ao Adepto para prestar contas, pagar dívidas que lhe são devidas, mesmo quando o Iniciado tenha já transcendido tal situação e resolvido tais pendências. Claro que o conceito que temos do que é justo, certamente é algo muito distinto do que em realidade nos rege, seja no sentido natural, seja no mais íntimo de nós mesmos.
Falávamos anteriormente de Estados, e como estes
interferem em como agimos e reagimos, de como estas ações
também moldam aquilo que no fundo somos. Como dizíamos no princípio, a própria transcendência daquilo que somos, este escape contra os interesses básicos da natureza tem um preço. É aonde se manifestam as profundas transformações do indivíduo e é aonde as próprias virtudes entram em conflito, tendo o indivíduo de realmente alterar profundamente o que é, por meio do que se manifesta com as decisões que tem de tomar. Há diversas etapas do caminho, aonde o Iniciado tem de resolver pendências com a Lei, para poder seguir em frente, em sua jornada. Pagar o devido pedágio pelo percurso já transcorrido, e estar livre para seguir em frente sem amarras. As pessoas realmente não tem idéia das
pendências que possuem, dos compromissos que tem, e dos pesos
que carregam. 30/07/17 |