CLXV Existe uma tênue linha que limita nossa realidade. Mais além desta fina barreira, encontramos verdades transcendentais, uma natureza completamente nova e livre da maior parte das leis e normas que comumente conhecemos. Para nós, certamente há muitas coisas que são um mistério, muitas palavras que tem um significado por vezes duvidoso, impreciso, etc. Mas ainda assim, é comum intuirmos a força que tem cada coisa, a natureza que representa. Há palavras que por si só, já tem um poder muito grande, algo que vai mais além do valor que atribuímos a elas, e que por vezes ainda tem um valor maior, exatamente pelo valor que atribuímos a elas.
Claro que para aquelas pessoas, este ato improvável
fora tomado como um Milagre, como um ato Divino... Ainda que ocorresse
nestas regiões internas da natureza onde regem outras leis,
outras normas. Foi quando diante de um grande número de pessoas
resolvi invocar a Divindade, não alguma divindade em específico,
não meu próprio Deus Íntimo, mas o Princípio
e a força que dá Origem a tudo isto e que compenetra
e dá forma a tudo isto. É Claro que repeti a invocação
muitas vezes, sempre com muita emoção e vibrante espiritualidade,
e o resultado sempre ascendente me conduzia a regiões dentro
de mim mesmo mais elevadas e mais próximas de sentir a Grande
Divindade, também meus corpos internos ascendiam em direção
ao Céu, atraídos por aquela força. Não há como duvidar que o que senti, o que vivi naqueles momentos, foi algo indescritível, não apenas pude sentir a Divindade e seus eflúvios, mas sentir suas energias passando por meio de mim, até aqueles que necessitavam e ansiavam por isto. Deus não é uma pessoa, assim como Cristo, não é uma pessoa, é uma força, um princípio, uma energia, a qual encarnamos, a qual manifestamos, a qual damos passagem. É Certo que naqueles momentos estava alinhado, integrado, e por isto foi possível de alguma maneira, sentir, encarnar, manifestar e servir de intermediário entre esta força e aquelas pessoas. 16/10/17 |