CLXV
Textos sobre Psicologia
Presentes
Nos aproximamos de uma destas épocas
do ano, aonde comemora-se a nível mundial esta festa de caráter
espiritual, o Solstício de Verão (Hemisfério
Sul), ou o Natal, o Nascimento do Cristo como popularmente conhecemos.
Claro que esta festa é muito mais antiga que a própria
História de Jesus, já que estas datas como o Natal,
marcam pontos matemáticos relativos aos processos da Terra
em relação ao Sol e que já faziam parte do calendário
da humanidade ainda antes disto.
Mas o que queremos falar hoje, é de algo um
pouco mais humano, e um pouco mais comum, já que esta época
em geral traz as pessoas esta disposição por compartilhar
alegrias no sentido humano, por meio de representar seus sentimentos
para com os demais, por meio de presentes.
O Presente de Natal é algo que vemos mesmo no
nascimento do Cristo, quando os Três Reis Magos trazem os bem
sabidos Incenso, Ouro e Mirra.
Hoje não entraremos nos detalhes do simbolismo ou do significado
disto, senão que tretaremos de expor um pouco de nossa psicologia
e de falhas de interpretação que ocorrem nesta época.
Infelizmente para muitas pessoas, dar ou receber este
presente de natal é uma obrigação.
Ainda assim, em geral, as pessoas sentem este anelo de compartilhar
algo e é aonde entra algumas vezes percepções
erradas de como fazê-lo.
Convivência é uma base de nosso trabalho
psicológico e compreender nossa Psicologia é indispensável
para uma transformação verdadeira e para relações
harmoniosas com nós mesmos e com os demais.
Quantas vezes vemos as pessoas terem uma percepção errada
ao dar um presente a outra.
Nos referimos ao fato de que por vezes damos aos demais algo que no
fundo não beneficia a eles, mas a nós mesmos.
Um marido que dá a sua esposa algo que ele gosta de ver nela,
no fundo é um egoísmo, e um presente que dá a
si mesmo, não a ela. Pois não avaliou o que ela gosta,
senão o que ele gostaria que ela usasse.
Vejam que isto é um erro muito comum na psicologia das pessoas,
e um severo desgaste ao relacionamento e uma afronta ao amor que o
outro sente.
Geralmente utilidades não são bons presentes,
porque por mais que sejam algo necessário, não trazem
consigo um sentimento, uma intenção especial, maior
que as situações do dia a dia.
Assim há muitos detalhes que inevitavelmente iremos encontrar
em nossa psicologia e nas dos demais que atrapalham estas interações,
mesmo em dar ou receber algum mimo que no fundo deveria ocorrer sempre
de boa vontade.
Não é errado dialogar sobre o que o outro gostaria,
quando claro fazemos com a sincera intenção de agradar
e de chegar ao que seja mais perfeito para a situação,
para o momento.
15/12/16
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