CLXV Tudo quanto existe tem um princípio e tem um fim, nada é realmente feito para durar eternamente, ainda assim vem com um propósito o qual cumprido ou mesmo exauridas as possibilidades de tentativa, chega a seu fim. A Própria existência humana, como fração desta vida que constantemente retorna ao mundo, vem com um potencial específico de vitalidade e de possibilidade para suas realizações, e findada esta energia ou tornando-se impossível chegar ao fim anelado, encerra a existência e recomeça sob uma nova forma. Mais além da individualidade humana, vemos que por vezes são criadas Instituições as quais vem exatamente para assessorar o indivíduo em seu trabalho, formas institucionais criadas pelos princípios Divinos, de maneira a ajudar a todos e a cada um, em seu próprio trabalho e em sua própria realização por meio de uma guiatura, de uma doutrina. A Verdade é que as formas vem e vão,
e as instituições erguem-se e logo desaparecem devido
ao seu tempo haver passado.
Muito é feito com a melhor das boas intenções
mas a verdade é que os fatos sempre falam mais alto que as
intenções e o crime se perpetua inevitavelmente, mesmo
que façamos buscando o bem, ou ansiando um bem. Isto certamente não significa que não haverão novas formas, nem que a Obra finda-se aqui, mas sim que houve um julgamento, e o veredito foi negativo, no relativo a estas monstruosidades que se formaram e se fixaram dentro destes locais que deveriam emanar luz, não trevas. A Consciência certamente reconhece esta realidade
e estes veredictos, ainda assim, o costume e o sistema por vezes acaba
mantendo cativo o iniciado nestas amarras que um dia já foram
a fiel representação e desdobramento da Loja Branca. O Que aqui hoje falamos, não falamos levianamente,
ou sem entender o peso e a consequência destas palavras. No
entanto infelizmente os fatos são os fatos e não há
como ignorar a realidade que hoje se apresenta, nem se calar diante
da plena realidade que salta aos olhos de todos. Sabemos que para muitos a esperança está depositada nos demais, mesmo nos grupos, mas em geral isto por si só é negativo, pois não estamos fazendo o que nos corresponde, porque nos corresponde, senão que porque os demais fazem, da mesma maneira que os demais fazem. Necessitamos realmente reconhecer o que nos corresponde e integrar-nos totalmente com nosso Destino. É óbvio que sempre haverão sacrifícios feitos pelo bem dos demais, e tudo aquilo que sempre corresponde a todos que trilhem este caminho fazer, no entanto nos moldes que hoje tem se apresentado em algumas instituições e grupos, vemos é completamente incoerente e impossível qualquer avanço real, verdadeiro, sincero.
27/01/17 |